Wiki Creepypasta Brasil
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Quero primeiramente deixar claro que os fatos a seguir realmente ocorreram. Não, não estou falando isso para assustar ou para parecer clichê. Tudo ocorreu em uma escola que estudei e que meus irmãos também estudaram. Minha mãe era professora da escola, ela achou mais fácil colocar meus irmãos e eu para estudar no mesmo lugar onde trabalhava. O problema mesmo era quando ela tinha que ficar até tarde, corrigindo provas. Tínhamos que ficar rodando a escola até ela terminar. A dona e diretora do lugar não se importava. Não direi o nome do colégio, o máximo que precisam saber é que o mesmo está localizado em uma região bem afastada.

Não sei ao certo quando os eventos paranormais tiveram inicio, colocarei apenas os mais famosos e aqueles que me lembro. Deixando claro também que os casos não estão em ordem, o segundo pode ter acontecido antes do primeiro e assim vai. Estou apenas relatando os que vem em minha memoria.

O primeiro caso que vou contar, ocorreu na época de provas, quando os alunos iam apenas fazer as provas e quando terminavam, poderiam ir para casa. Alguns alunos voltavam rapidamente para o lar, outros moravam longe e esperavam os pais virem buscar. Então, quando terminavam, ficavam conversando entre si ou andando pelo colégio. Uma das alunas foi até o segundo andar para pegar algo que esqueceu. Em questão de poucos minutos, um grito estridente ecoou. Uma das professoras que estava no segundo andar, corrigindo provas na salas, foi rapidamente ver o que estava acontecendo na sala de onde veio o grito. Segundo ela diz, a aluna estava encolhida, chorava desesperadamente, falando sobre uma mulher no canto da sala, que a encarava sem parar. Mesmo conversando e tentando dizer a jovem aluna que tudo estava bem, a professora contou que não duvidava da garota, pelo fato de outros casos envolvendo aquela mulher já terem sido relatados. Dias depois, ficamos sabendo que a garota teve febre e que não queria mais voltar para a escola, os pais não sabem o que ela viu, mas afirmam que aquilo realmente a traumatizou.

O segundo caso é mais conhecido e, dessa vez meu irmão também presenciou. Ocorreu no meio do ano. Os alunos de uma das salas do segundo andar estavam bagunçando enquanto a professora tentava acalmá-los, até que em um momento a porta da sala bateu. Aquilo era estranho, não tinha janelas abertas e nenhuma corrente de ar poderia ter feito a porta bater. Um dos alunos foi tentar abri-la, mas ela simplesmente não abria. Outros alunos o seguiram e resolveram se abaixar para ver por debaixo da porta. O que eles viram foi algo bem estranho, meu irmão jura até hoje que é verdade. Eram dois pés, magros e pálidos, parados bem em frente. Os alunos se assustaram e a professora não acreditou no que os garotos falavam, até ela mesma se abaixar pra ver. Meu irmão diz que naquele momento, pela primeira vez, viu a professora da sala perder a cabeça:

“Ela gritava mais que os alunos, estava apavorada”. Disse ele

Por causa da confusão e da gritaria, os outros professores e alunos saíram da sala para ver o que estava acontecendo. Assim que começou a chegar pessoas, meu irmão diz que a porta finalmente abriu misteriosamente e que até hoje ninguém sabe o que diabos foi aquilo:

“Parecia que a coisa do outro lado estava segurando a porta... Nos prendendo ali, foi bizarro”. Concluiu

O terceiro caso é algo que minha mãe me falou, segundo ela, coisas assim sempre ocorrem naquela andar e a tendencia foi só piorar com o passar do tempo. Ela conta que isso ocorreu quando ela teve que ficar sozinha no colégio corrigindo provas, aquilo já era normal para ela e contos de fantasmas não a assustavam mais:

“Eu já vi essa mulher várias vezes, nas outras salas, as vezes no corredor, eu apenas tentava ignorá-la... Quando se é mãe solteira e tem três filhos, um fantasma não parece grande coisa” Me disse, dando uma pequena risada para logo voltar a ficar séria.

Foi isso que ocorreu novamente naquele dia, ela disse que precisava ir ao banheiro e, no caminho, viu o vulto daquela mulher passando do seu lado. Apenas ignorou como sempre fazia. Foi ao banheiro e voltou para sua sala, onde continuaria a corrigir suas provas. Ela conta que estava de olho na prova quando levantou a cabeça e...Lá estava. A mulher, estava lá, onde ficavam as últimas fileiras de carteiras escolares. A entidade parecia encará-la, mas mamãe não sabia dizer ao certo, pois os cabelos cobriam uma boa parte rosto daquela coisa:

“Pela primeira vez, senti um pouco de medo” Contou-me.

A mulher sumiu depois do que pareceu ser uma eternidade, ela concluiu sua história dizendo que isso só aconteceu daquela vez, mas as vezes, quando fica até tarde corrigindo provas, bate aquela sensação de que está sendo observada.

O quarto o caso é o que eu chamo de “gota d'água” pois foi o que fez a dona do colégio tomar uma atitude sobre os eventos. Ocorreu quando a irmã da dona da escola veio lhe fazer uma visita.. Em um certo momento ela decidiu ir ao banheiro. Tudo parecia bem, mas então, a vimos sair do banheiro tremendo e chorando. Perguntada sobre o que aconteceu, falou que quando estava de frente para o espelho, viu uma criatura pálida, bastante magra e com longos cabelos atrás dela. Vendo a gravidade da situação, a dona percebeu que teria que dar um jeito nisso. Em poucos dias, ela trouxe um padre para rezar em todas salas, banheiros e outros lugares do colégio. Não sei exatamente se as ocorrências diminuíram, pois meus irmãos e eu já não estávamos estudando lá, fiquei sabendo desse caso porque minha mãe contou. Ela ainda trabalha lá, mas não fala muito.

O quinto caso aconteceu quando eu ainda estudava lá. Esse foi um dos que assustou todos, na época eu devia ter uns dez anos. O zelador da escola era um cara conhecido por todos, sempre brincando e soltando piadas, os alunos adoravam ele. Um dia, uma das professoras chegou mais cedo e resolveu subir até o segundo andar para arrumar logo a sua sala. Chegando lá, encontrou-se com o zelador deitado no chão. Ela achou que era mais uma das brincadeiras dele e no começo até soltou algumas piadas também, isso até tocar nele e perceber que não era uma brincadeira. O zelador estava morto. O engraçado é que ele morreu na mesma sala onde tempos depois, a garota do primeiro caso, disse ter visto a tal mulher.

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